23 de fev. de 2011

MUZI NEWS: distancia

MUZI NEWS: distancia: "Não se mede amor por kilometragem, mas dá pra ter muita idéia do quanto vale o amor na distancia, quando estam..."

21 de fev. de 2011

O cão e o homem


O Cão e o Homem é um livro do escritor italiano Carlo Cassola.
Conta a historia de um carrocho que tinha um dono que o criava mas não se interessava por ele.. O cachorro era extremamente fiel e vivia para agradar seu dono que acabou por abandonar seu fiel amigo de forma que ele não conseguisse mais voltar pra casa (você sabe, os cachorros farejam e encontram seu caminho de volta.. mas este não conseguiu).
Vagou pela cidade estranha.. percebeu cheiros.. experimentou a liberdade. Mas mesmo tendo o privilégio da liberdade ele se sentia incompleto. O desejo dele era ter um dono. Em sua imaginação de cachorro todo cão deveria ter um dono, qualquer que fosse... ele sentia inveja dos cachorros com dono. Chegou a almejar alguns donos, recebeu carinhos e atenção.. mas passageiros e sem compromisso por parte de quem os ofertou. Por fim este cão encontrou um dono. e este dono colocou uma coleira nele.. o amarrou ao pé de uma árvore e nunca mais apareceu. E a hitória termina assim.. com o cão aguardando fielmente o retorno do seu dono. Ele morreu com sede, fome, sozinho e sem liberdade.
Este livro me fez refletir algumas questões pessoais do tipo:
Será que preciso mesmo submeter-me ao que a sociedade dita?
O que é mais valioso na minha vida?
O que eu estou escolhendo?
Qual o preço a ser pago pela realização dos meus desejos (as vezes desejos-burros)
Algumas mulheres (quase todas), sofrem e choram porque não tem namorado, porque não se casaram, não sentem-se amadas. A estas eu digo: PARA COM ISSO MULHER...
Ame-se mais.
Antes de fazer uma escolha importante, reze, pergunte a Deus se é isso mesmo, PARA NÃO ESCOLHER ERRADO.. e depois morrer com o "sonho" realizado e sozinha. Converse com as casadas e num segundo todas as tuas carências estarão curadas... porque nada é facil. E uma escolha errada pode MATAR UMA ALMA.
Eu creio que um relacionamento precisa ser mais que um sonho para dar certo. O que você acha??
Que Deus te ajude a viver o hoje, com discernimento, sabedoria, autenticidade e a liberdade que ele mesmo te deu.
Apesar do triste fim, é um ótimo livro. recomendo.

10 de fev. de 2011

Cólicas

Um dipirona, sossego e cama. Eu fico enjoadinha neste período do mês, mas aceito colo, chá e cafuné. O DESFOQUE das imagens é um recurso estético, diz e significa algo. O incômodo que a IMAGEM DESFOCADA causa-nos aos olhos é parte do diálogo que o fotógrafo propõe. Observe bem cada imagem, procure penetrar nela, gaste tempo em cada uma.. talvez eu consiga transmitir um pouco destas sensações femininas. Uma mulher com cólicas, enxerga tudo ao seu redor mais ou menos assim...











... peculiaridades do universo feminino...

6 de fev. de 2011

Cruzeiro-DF


Já faz um ano que juntei minhas bagagens e vim morar no Cruzeiro. E posso dizer que este pedaço de DF me faz bem. A impressão que tenho é a de estar numa cidadezinha do interior, em blocos.


Para saber onde piso... Eis.

A história da região em que está localizado o Cruzeiro é quase tão antiga quanto as primeiras iniciativas para a mudança da Capital Federal para o interior do país . Cumprindo a Primeira Constituição Republicana, em 1892, foi criada a Comissão Exploradora do Planalto Central com a finalidade de demarcar a área do futuro DF. A “Missão Cruls “, como ficou conhecida a Comissão, instalou seu Acampamento na atual região do Cruzeiro às margens do córrego do Brejo (atual Córrego do Acampamento). Vestígios desse Acampamento existiam até antes da construção de Brasília, nas proximidades do Córrego Acampamento.

O Decreto nº 10.972, de 30.12.87, do Governo José Aparecido de Oliveira, em seu “Artigo 1º: O dia 30 de novembro de 1959, é declarado data oficial de fundação do Núcleo Urbano do Cruzeiro”. Portanto, 30 de novembro é a data de aniversário da fundação do Cruzeiro. A equipe do urbanista Lúcio Costa foi responsável pelo projeto e pelo nome oficial do bairro - Setor de Residências Econômicas Sul – SRE/S, Cruzeiro Velho; na década de 70, foi inaugurado um conjunto de edifícios, que formaram o Cruzeiro Novo - SHCE/S; na década de 80, são inauguradas as Áreas Octogonais. Preocupado com o crescimento desordenado de Brasília, o arquiteto Lúcio Costa traçou em 1987 um plano de expansão para a Capital Federal. Marcou seis pontos para onde ela poderia crescer sem a selvageria de outras cidades brasileiras, preservando seu projeto urbanístico original. O resultado foi surpreendente com a criação do Setor Sudoeste em julho de 1989, de fato, como parte integrante do projeto “Brasília Revisitada”, do urbanista Lúcio Costa. Com capacidade para mais de 50 mil habitantes, está situada próximo ao Parque da Cidade e dispõe de variado comércio e amplas áreas de lazer, proporcionando um alto padrão de vida para os seus moradores.

Os primeiros moradores do então SRE/S, funcionários públicos e militares vindos do Rio de Janeiro, não se acostumaram com essa sigla e outras denominações para o local foram surgindo: primeiro chamaram de "Cemitério" , devido ao isolamento do bairro e a impressão que se tinha daquele aglomerado de casinhas brancas, quando avistado de longe. Depois, numa homenagem bem humorada dos cariocas residentes, o local passou a ser reconhecido como "Bairro do Gavião", devido ao grande número de gaviões vermelhos que apareciam no local. A mudança do nome para “Cruzeiro” partiu da própria comunidade. Em 1960, um grupo de moradores procurou o Jornal Correio Braziliense para manifestar sua insatisfação com o nome do local em que moravam. O batismo de Cruzeiro tinha então dois fundamentos lógicos: primeiro, o bairro ficava próximo à Cruz (estrategicamente, colocada no Eixo Monumental – logo atrás o Memorial JK) do Cruzeiro onde foi celebrada a primeira Missa de Brasília em 03 de maio de 1957; segundo, e havia uma linha de ônibus de Transportes Coletivos de Brasília - TCB, que fazia o trajeto do local da Cruz até o Gavião. A partir daí, como era de se esperar, a Região ficou conhecida pelo nome de Cruzeiro.

No segundo semestre de 1960, João Scarano, funcionário do Grupo de Trabalho de Brasília GTB, foi indicado como administrador do núcleo residencial, com a responsabilidade de distribuir casas, e buscar soluções para os problemas da comunidade. Situações difíceis como falta de água e luz, invasões, limpeza urbana deficiente, entre outros problemas, são exemplos das principais dificuldades vivenciadas pela comunidade.

O Cruzeiro, sendo uma das Regiões Administrativas mais próximas do centro de Brasília, é um local privilegiado para viver e morar. Esse é o retrato atual de uma cidade que foi planejada para atender às necessidades que a nova capital demandava. Observando a cidade hoje, é possível constatar a qualidade de vida que seus habitantes têm: áreas reservadas para lazer, praças, áreas verdes e parques. Com um começo marcado por dificuldades, atualmente a comunidade cruzeirense tem um espaço do qual pode se orgulhar, reconhecido em todo DF, pela sua identidade própria expressa no carnaval, no samba, no pagode e nos títulos esportivos conquistados em competições locais, regionais e nacional.

A RA XI é bastante ativa culturalmente. Podemos até dizer, sem exagero, que as primeiras manifestações culturais da nova capital nasceram no cruzeiro, com a proposta de criar uma entidade que promovesse o congraçamento dos moradores do bairro. Dessa idéia, nasce em 1961 a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a ARUC. A trajetória cultural do cruzeiro confunde-se com a própria história da ARUC que no contexto do DF é uma referencia central.
(fonte: site da administração do Cruzeiro).


5 de fev. de 2011

A cruz



Se levares a cruz de boa vontade, ela te há de levar e conduzir ao termo desejado, onde acaba o sofrimento, posto que não seja neste mundo. Se a levares de má vontade, aumentas-lhe o peso e fardo maior te impões; contudo é forçoso que a leves. Se rejeitares uma cruz, sem dúvida acharás outra, talvez mais pesada.

Livro: Imitação de Cristo.Tomás de Kempis

Sonho Amarelo


O sonho amarelo é aquele que você
sonha
sonha
sonha
soooonha
até amarelar. De velho.

Resiste
jogado nas gavetas de "projetos futuros"
cansado de existir
Cansssaado...

Hoje eu encontrei um sonho amarelo
E agora eu não sei o que fazer com ele
(Simone Borges, 2:54h. Já com a borracha na mão (direita) para apagar alguns projetos da agenda aqui em 05/fev/2011...)



4 de fev. de 2011

Cabelo engraçado

Olha, meu jeito de ser é engraçado, mas o seu cabelo é mais.
Adorei a música e as sentimentalidades. Bjus.

Despedida do TREMA

É uma tremenda aula de criatividade e bom humor, por sinal, com acentuada inteligência. A conseqüência é uma agradável leitura.

Despedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos. Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!... O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé. Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá. Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!... Nós nos veremos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.

Adeus, seu antigo amigo

Trema.

A imagem poética de Silva Muzi

Por Edna Menezes


“E eu me crio com um traço da pena
Mestre do Mundo, Homem ilimitado.”
(Pierre Albert-Birot)


Para um crítico literário julgar uma obra poética há a necessidade de ser severo, às vezes até apresentando, segundo Bachelard, às avessas um complexo que o uso excessivo depreciou a ponto de entrar para o vocábulo dos homens de Estado. Afirma ele que, o crítico literário, assim como o professor de retórica, sempre sabendo, sempre julgando, fazem muito bem um simplexo de superioridade (1988) Não obstante às observações rigorosas de Bachelard, cabe ao crítico literário o papel de analisar e julgar conforme sua formação e seu gosto pessoal. E nesse ponto revela-se o leitor que não só desempenha seu poder de criticar, mas também de apreciar e reviver suas tentações de ser poeta. Esta assimilação está em nós, leitores apaixonados pela literatura e quando a página lida é bela demais, o desejo renasce. Nessa perspectiva de crítico-leitor coloco-me, sem pretensões herméticas, a olhar alguns poemas do livro “O Deserto de um Homem”, obra do poeta Silva Muzi. O poeta que é mineiro de Montes Claros e reside em Brasília, é autor de dois livros, este em questão e ainda, “Introspecções Poéticas”.Parece-me que analisar a obra desse poeta como um todo é arriscar-se a cair no vácuo nebuloso do noturno, no labirinto da palavra de poeta jovem, voltado para as abissais profundidades do inconsciente de um ser atormentado pelas imagens. Portanto, para analisar, ou criticar essa poesia se faz necessário ir longe, descer tão profundamente até alcançar as ressonâncias sentimentais com que, mais ou menos ricamente – quer essa riqueza esteja em nós ou no poema – se forja a palavra poética.Dessa forma o ideal é buscar isolar as palavras através de sua transubjetividade, e tentar compreendê-las através das suas próprias imagens, buscando, assim sua essência, levando em conta a partida da imagem na consciência individual e singular do poeta.A palavra de Silva Muzi, em sua simplicidade, não precisa de um saber para ser lida, basta apenas ao leitor, o preparo para receber a dádiva de uma consciência ingênua, em sua expressão em linguagem jovem, como, por exemplo, quando ele diz “Uma cor fria/É uma lâmina que corta...”, aproximando assim, sua imagem poética às imagens poéticas do poeta-cantor Cazuza, que ao dizer “meu cartão de crédito é uma navalha” uniu à sua poética as palavras sociais do poeta João Cabral de Melo Neto. E assim Silva Muzi completa o fio da poesia no tempo, fazendo eclodir os dois poetas em apenas um verso, ou em apenas uma imagem grandiosa.Nessa tentativa de dar continuidade ao fio dourado da eterna poesia, Silva Muzi resgata também o estilo de Gregório de Matos, não por sua sátira velada, mas em seu estilo estético de retorno da última palavra de um verso no início do subseqüente, assim, no poema “Segredos da Solidão”, a retomada se faz de forma a marcar o eterno retorno do tempo. O tempo da poesia e o tempo do homem, pois, segundo Anatol Rosenfeld (1972), o homem não está para o tempo, o homem é o tempo. Portanto, na palavra poética de Silva Muzi o tempo se fragmenta e suas imagens se remetem a uma atemporalidade que faz indefinido o passado, o presente e o futuro. E, assim como Fernando Pessoa, faz do passado o presente, do presente o passado, e do futuro o presente e o passado em um mesmo magma. Isso é perceptível quando o poeta escreve “Ontem tive tantas lembranças! /Ontem eu chorei e cultivei saudades, /Ontem eu era o ontem/Um homem e um passado”. Rompendo totalmente, nesses versos, o diáfano véu do tempo e deixando brotar a imagem homogênea da palavra. Se fosse preciso procurar por onde o poeta Silva Muzi faz explodir suas imagens poéticas talvez devêssemos buscar uma palavra um pouco em desuso, que se chama alma. Para ler a imagem desse poeta é preciso que o ledor se lance no centro do Ser, no coração, no ponto em que tudo se origina e toma sentido: eis o espaço ocupado pela palavra esquecida ou reprovada, a alma. A alma do Ser no mundo, tomando aqui o conceito de Ser do filósofo Heiddegar.Observa-se que nos poemas de Silva Muzi manifestam-se forças que não passam pelos circuitos do saber, pois se trava, através de suas palavras-imagens, uma dialética da inspiração e do talento, que vão formando os matizes poéticos a partir do devaneio até sua execução final. Nesse ponto, no poema “Na tela da TV”, há alguns versos “Olhando um mundo/De cópias. [...] De presença sem cor, [...]/Que reflete o vazio...” que, por si só, dizem que o devaneio é uma instância psíquica que, freqüentemente, se confunde com o sonho, mas que, por se tratar de devaneio poético, frui não só de si próprio, mas prepara imagens íntimas para o deleite poético de outras almas. Nesse contexto, diante das imagens elaboradas pelo poeta é possível dizer que, mesmo dentro de sua noite poética, sua palavra possui uma luz interior, aquela luz que a visão interior conhece e traduz ao mundo exterior como um reflexo da alma, descrito por Pierre-Jean Jouvre como a alma inaugurando uma forma. E assim, a poesia aparece no verso de Silva Muzi como um fenômeno da vida efêmera da expressão.Portanto, ao iniciar esse ensaio falando a respeito do crítico literário a intenção é, exatamente, dizer que a menor reflexão crítica, se elaborada com descuido, a respeito desse poeta pode estancar esse impulso criador que se coloca a serviço da alma e desvenda o primitivismo da imaginação e do sentimento.

3 de fev. de 2011

Meus poemas caíram na sarjeta

SARJETA: Escoadouro para águas das chuvas que, nas ruas e praças, beira o meio-fio das calçadas. Figurativo: Condição ignominiosa de decadência e humilhação; estado de indigência moral; lama: seus vícios levaram-no à sarjeta.


Os poemas, a sarjeta e uma fotógrafa agachada quebraram a rotina da burocrática praça do Buriti.

O melhor amigo do poeta é a lata de lixo.

O melhor amigo da sarjeta é o poema.

1 de fev. de 2011

Aqui não é real

Isto não é pessimismo
É uma constatação
Não me chame de infeliz
Ou sem coração

Tome como um repúdio,
Um desabafo...
O povo não dorme
Mas tem seu emplastro,
Só que o ônibus tá cheio,
Sobra o cansaço...

O plano que é piloto
Tem sua magnitude
Mas homem que é bravo não se ilude,
Toma seu rumo, sofre, mas tem atitude

Pessoas à margem não encontram sentido
Confidencialmente choram pelos sonhos perdidos
Crianças ingênuas com rostos ambíguos
Tristeza, horror, pra onde estamos indo?

(Mariana de Carvalho)

Sobre a vida

Escrever sempre me fez bem, mas silenciei minhas publicações aqui desde quando o meu pai morreu em 2012, faz tempo.. mas não parei de e...