6 de dez. de 2011

Fotojornalismo


Isto é fotojornalismo...
Estar em posição privilegiada, olhar atento e um pouco de sorte. 
Foi assim que captei esta reação espontânea da minha afilhada Júlia. 


Que linda!!! 

10 de out. de 2011

JURAMENTO DO GRADUANDO

Prometo que no decorrer da minha graduação empregarei, com inteligência e honestidade, os talentos que Deus me confiou, para assimilar com propriedade os conhecimentos propostos em cada disciplina e projetos de pesquisa que livremente escolhi para compor minha formação.

Prometo atuar dignamente, consciente de minhas responsabilidades e da melhor maneira possível, nos seminários e em quaisquer outras atividades acadêmicas.

Comprometo-me desde já em colaborar para a formação de seres críticos, éticos e atuantes; a respeitar a individualidade de cada colega de curso, alunos de outros departamentos, professores, visitantes e quaisquer indivíduos pertencentes ao meu círculo de convivência.

Prometo usar sempre meus conhecimentos com honestidade, criticidade e bom senso para o bom rendimento de meus trabalhos acadêmicos e dos grupos de pesquisa por onde eu passar.

Prometo enfrentar com perseverança, criatividade e competência os desafios que florescerão nas dificuldades do dia-a-dia, dentro e fora da Universidade, buscando novos caminhos e alternativas que me permitam um bom desempenho acadêmico, sem, contudo, deixar de cumprir meus deveres de mãe, filha, esposa, e profissional.

Prometo esforçar-me para honrar cada centavo investido em minha escolarização superior em uma instituição pública, construindo para uma boa formação acadêmica, evitando compactuar com professores e colegas desinteressados, tendo uma postura comprometida com a ética e a política.

Prometo duvidar de tudo que me dizem na Universidade e na sociedade, pesquisar, fazer análises, e só então formar uma opinião. Prometo a mim mesma esquivar-me de assumir sem prévia reflexão discursos prontos.

Prometo participar desde já da construção de uma sociedade íntegra, justa, e humana. Tecendo, por onde eu passar, condições favoráveis a uma educação verdadeiramente libertadora, contribuindo para a consolidação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Brasília, 07/11/2009
Por: Simone Borges
Revisão: Prof. Dr. Maria Zélia Borba Rocha

Livro Bíblico Eclesiástico

Tomo-o por manual da vida prática para um 2010 virtuoso e produtivo.
Compartilho. Com bjus. (Leia homeopaticamente).

- Que a tua mão não seja aberta para receber e fechada para retribuir. (Eclo 4, 31)

- Sê firme em teu sentimento e seja uma a tua palavra. (Eclo 5, 10)


- Não confies em tuas riquezas e não digas: “Sou auto-suficiente.”
(Eclo 5, 1)




- Não guardes rancor de teu próximo, sejam quais forem seus erros, e nunca reajas com atos de arrogância.
(Eclo 10, 6)

- Antes de falar, informa-te; diante da doença, cuida-te. (Eclo 18, 19)


- Há quem trabalha, cansa-se e se apressa, e está cada vez mais para trás. (Eclo 11, 11)



- Sejam numerosas as tuas relações, mas os teus conselheiros, um entre mil.
(Eclo 6, 6)

- Não peças ao Senhor poder algum, nem ao rei lugar de honra. (Eclo 7, 4)

- Que a tua generosidade atinja todos os viventes, mesmo aos mortos não recuses a tua piedade. (Eclo 7, 33)

- Não fuja dos que choram, aproxima-te dos que estão aflitos. (Eclo 7, 34)

- Não disputes com o falador, não amontoes lenha sobre seu fogo. (Eclo 8, 3)




- Não disputes com violento, não andes com ele pelo deserto.
(Eclo 8, 16)




- Governante sábio educa o seu povo. (Eclo10, 1)

- Não emprestes a homem mais forte do que tu: se emprestaste, considera-o como perdido. (Eclo 8, 12).


Feliz 2010!!!

Politicagem NÃO!!!!


Era um domingo pela manhã, Igreja reunida, tudo pronto para a Santa Missa: Rito católico de culto à Eucaristía, que é o Corpo Místico de Jesus Cristo.
A missa é estruturada em 5 grandes partes: A primeira são os ritos de entrada, com a saudação trinitária, a confissão comunitária e o ato penitencial; a segunda é a liturgia da palavra, onde são recitados os salmos e leituras bíblicas; a liturgia Eucarística momento sacramental da celebração onde fazemos nossa oferta espiritual e material, e onde também são ofertados no altar o pão e o vinho; o quarto momento é o rito da Comunhão, com a oração do Pai Nosso e a partilha do pão e do vinho que consagrados transformam-se no corpo e no sangue de Jesus Cristo, a quinta e última parte da missa tem o nome de ritos finais, onde o celebrante dá avisos, presta contas a comunidade, e dá a benção final, "a missa terminou, ide em paz" canto final para a saída do celebrante. Sómente depois da saída do celebrante o povo também se retira, em procissão, porta afora do templo sagrado.
Como eu dizia.. era um domingo como outro qualquer, pela manhã. E eis onde eu estava: Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe.. Isto foi a alguns anos atrás, por volta de 2007. Pois bem, apenas por algum motivo muito especial, um fiel se retira da celebração antes do "Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe". Mas naquele dia eu e uma amiga, Luciana, precisamos e nos sentimos obrigadas a nos retirar do culto antes da benção final. Mas porque você fez isto Simone? Alguém poderia perguntar. Motivo: Antes dos Ritos finais, portanto momento dos avisos do padre. Eis que o proprio convida para a aproximarem-se do altar ninguém menos que os então candidatos políticos Ronney Nemer, Júnior Brunelli e suas respectivas esposas. Colocaram-se a frente da comundade para falarem qualquer coisa sobre melhorias para a estrutura física do templo, o asfalto etc etc. Onde já se viu isto? Não teve jeito, em protesto levantamos no meio da Igreja e sem cerimônia saímos da missa sem a nossa benção. Daquele dia em diante declarei guerra a este tipo de campanha política, fui conversar com o padre e frei capuchinho, conversei com o coordenador da comissão Sr. Rúcio (nome ficticio), e os argumentos eram que, "graças a estas pessoas hoje temos asfalto no nosso estacionamento" e blá blá blá. Não satisfeita, senti necessidade dar um alertar aos fiéis, principalmente aqueles que, em sua santa obediencia e ingenuidade, dizem amém a tudo que o sacerdote diz sem questioná-lo.
O que eu fiz: Estava próximo o dia da nossa festa junina anual. Confeccionei um grande cartaz, uma placa com os escritos "Diga não a manipulação política nas igrejas", e circulei com ele entre as aproximadamente 700 pessoas que participavam da nossa quermece. Vivaaa!! fui apoiada, ouvi depoimentos, partilhamos nossas opiniões sobre a faixa que estamparam no alto da parede em destaque com um caloroso agradecimento por todos os favores concedidos àquela comunidade por Roney Nemer e Júnior Brunelli. Ao final da festa, todos tinham visto aquela "louca da placa" circulando por lá.
Este ato está ainda bem vivo na memória de muitas pessoas. Pena que os "benfeitores" e o Sr. José Roberto Arruda não estavam lá naquele dia, apesar de suas varias presenças em festas e outros eventos sociais da paróquia, E finalmente, depois desse tempo todo a casa caiu para os nosso benfeitores e "bem intensionados" políticos cristãos, estimados de alguns importantes líderes religiosos da nossa paróquia.

A verdade revelada nas imagens que flagraram a corrupção de um grande grupo liderado por Arruda, agora tem cheiro de pipoca, quentão e canjica. Eu amo a verdade!! "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (João: 8:32).

À minha querida comunidade Nossa Senhora de Guadalupe (Ceilândia-DF), os meus sentimentos, pelo desrespeito a que foram submetidos naquele domingo pela manhã, antes da benção final.

Com amor, Simone Borges


9 de out. de 2011

Classe média


Modestas ou graúdas fissuras
no tronco humano.
O daninho descaso (o nosso).
Cresce e cresce
Quem nos podará?

26 de ago. de 2011

Museu da Memória Viva de Ceilândia

Assim como os candangos nordestinos chegaram no planalto central "montados e amontoados" nos populares "caminhões paus-de-arara", e - tempos depois - os incansáveis construtores de Brasília seriam "removidos" pela CEI nos carros do serviço social também chamados de "barracões-ambulantes", imaginamos um projeto de estudo do meio pelos quatro cantos do antigo "mapa do barril", instituindo assim os "piquetes demarcatórios" do Sítio Histórico da cidade...


A Casa da Memória Viva do Prof° Jevan é um “espaço residencial improvisado de museu”, cujo vasto acervo de pesquisas se encontra "exposto" pelos painéis temáticos que compõem os seguintes espaços acessíveis a visitação programada: o Foyer VLADIMIR CARVALHO com exposição permanente do primeiro livro de parede da história de "CEILÂNDIA, A TERRA DOS CANDANGOS"; a BiblioCei ANTONIO GARCIA MURALHA, biblioteca temática candanga com exposição do poema original "CEILAND" e mais 71 títulos sobre a história da cultura local; e o Auditório DO RÁDIO CANDANGO COLHER DE CHÁ com 55 lugares para eventos educativos, culturais e comunitários. Além dessas dependências de visitação, são desenvolvidos outros projetos que disponibilizam produtos e serviços, tais como; a Oficina DA CACO (Cooperativa do Artesanato Candango Originário) OLENA VALENTE, que, além de produzir a estampa "Orgulho de ser Candango", expõe e representa trabalho de vários artesãos da cidade; e o Arquivo Comunitário DA MEMÓRIA POPULAR CANDANGA composto de 107 pastas temáticas sintetizadas nos painéis de exposição permanente, que também podem ser disponibilizadas em "livros mimeografados" confeccionados de acordo com a pesquisa encomendada nas seguintes áreas de interesse (Candangos, NordestiNação, Ceilândia). Através deste projeto é que se dá o ingresso tanto de documentos quanto de novos integrantes da Casa da Memória Viva, compondo o intuito educativo oficial de todos os trabalhos desenvolvidos que é a SPPCei (Sociedade de Pesquisadores e Pioneiros da Ceilândia). Por fim esclarecemos que toda essa estrutura, montada coletivamente ao longo de 12 anos de magistério, tem como meta a construção do Museu da Memória Viva de Ceilândia, e por isso mesmo ela pode ser deslocada a qualquer tempo para qualquer lugar, o que nos possibilita oferecer outro serviço cultural que é o MEMÓRIA VIVA AO VIVO de consultoria e palestras itinerantes.

Para agendar visitas: 3965-8890



18 de ago. de 2011

Shalom

Ninguém gosta
Mas é preciso
Paciência
De esperar
Com paz-ciência.

(Simone Borges, esperando e esperando. dando voltas na torre de Brasília em 18 de agosto de 2011. Dedico este a Gabriel e Luana Vaz).


Pelo amor de Deus Simone, mais foco.

Hoje tive um dia cheio...
Arrumação da casa.
Alimentação dos bichos.
Leituras e alguns desvarios.
Sentei duas horinhas para monografar...
Resultado: cinco poemas e uma carta para uma monografia inacabada.

(Simone Borges. Início do dia seguinte. Madrugada  entre o dia 16 e 17 de agosto/2011. Mão no queixo e uma preocupação na cabeça: tenho uma semana para aprontar a primeira versão da monografia.).




Oração

Jesus,
Guarda-me
Guarda meus sentimentos
E todos os sentidos
Do meu ser infiel
Guarda-me do bom
E do mal
Poeta
Guarda-me de mim
Amém.

(Oração, de Simone Borges, num início de madrugada sem internet. Os grilos cantam lá fora enquanto o cerrado do entorno dorme em aqui em agosto de 2011.).

14 de ago. de 2011

Poema de São Tomás de Aquino

Eu te adoro com afeto,
Deus oculto,
que te escondes nestas aparências.

A ti sujeita-se
o meu coração por inteiro
e desfalece ao te contemplar.

A vista, o tato e o gosto
não te alcançam,
mas só com o ouvir-te*
firmemente creio.

Creio
em tudo o que disse o Filho de Deus,
nada mais verdadeiro
do que esta Palavra da Verdade.

Na cruz estava oculta
somente a tua divindade,
mas aqui se esconde também
a humanidade.

Eu, porém, crendo e
confessando ambas,
peço-te o que pediu o ladrão arrependido.

Tal como Tomé,
também eu não vejo as tuas chagas,
mas confesso, Senhor,
que és o meu Deus;
faz-me crer sempre mais em ti,
esperar em ti, amar-te.

Ó memorial da morte do Senhor,
pão vivo que dás vida ao homem,
faz que meu pensamento
sempre de ti viva,
e que sempre lhe seja doce este saber.

Senhor Jesus,
terno pelicano**,
lava-me a mim, imundo,
com teu sangue,
do qual uma só gota
já pode salvar o mundo
de todos os pecados.

Jesus, a quem agora vejo sob véus,
peço-te que se cumpra o que mais anseio:
que vendo o teu rosto descoberto,
seja eu feliz
contemplando a tua glória.

(Tomás de Aquino)

{obs: * Só com ouvir-te : a fé, como ensina São Paulo, vem pelo ouvir; **
Jesus, "terno pelicano": o pelicano chega a rasgar o próprio peito para com o seu sangue e carne alimentar os filhotes. *}

5 de jul. de 2011

Sobre a verdade

O que é a verdade? Quem a possui? Perambulando na internet, encontrei uma palestra do Pe. Paulo Ricardo, e nas suas falas ele dá seu parecer sobre o que acredita ser a verdade: A necessidade, os usos, as construções e interpretações. Cito abaixo um trecho, e, para acesso ao áudio desta palestra, o endereço eletrônico abaixo.

"É necessário ser virtuoso, para suportar a verdade, porque a verdade nem sempre agrada. E a virtude é um caminho de exigente esforço, cultivado pelos primeiros filósofos e abandonado com o passar do tempo..."


Fonte: Patologia do Conhecimento de Pe. Paulo Ricardo: http://www.padrepauloricardo.org/site/?cat=8&paged=4

17 de jun. de 2011

Técnica de fotografia de Camuflagem - Liu Bolin

O fotógrafo chinês Liu Bolin, camufla-se perfeitamente nas paisagens urbanas através da pintura de seu corpo de acordo com a composição de fundo. Um mestre na arte da camuflagem.









26 de mai. de 2011

Minha radiola, seu poema: um encontro




Imagine esta radiola cantarolando numa música algo assim:

Te entreguei num momento errado
aquilo que era apenas uma promessa,
o tempo passou
muita coisa aconteceu,
faltam ainda outras coisas
pra se realizar,
hoje foram apenas chaves
mas o mais importante
você já tem a muito tempo
O MEU AMOR!


(Silva Muzi)




(sILVA mUZI - www.muzinews.blogspot.com #visite#)

7 de abr. de 2011

Por um fio



O trânsito engarrafado,
a rotina de trabalho,
a pia cheia de louça suja,
o amigo sumido, a veneziana quebrada,
a tpm, o excesso de trabalhos acadêmicos,
o preço do gás,
a falta de tempo para fazer as unhas,

as contas a pagar, as prestações, o dinheiro pouco,
o cachorro da vizinha,
o término de um namoro,
a dor de garganta,
a falta de médico,
o span eletrônico,

o tanque na reserva, o lixo na rua,
a educação do porteiro, o governo, o corrupto,
o assalto,
a briga de casal, a teima das crianças, o livro denso,
a música chata, a roupa para lavar, o tempo fechado,

o descaso do governo com a educação, a saúde e a segurança,
o vestido rasgado,
o corre-corre, o aluguel,
o cheiro do ralo, o comitê, a briga,

a injustiça social, a gordurinha a mais, a gorgurinha a menos,
o tratamento das imagens,
o leão, a fofocaiada, a monografia por fazer, a falta de foco,

a cara limpa sem batom, pó e rímel, o backup, os processos sob a mesa,
a piada racista, o jogo sujo, o domingo chato,

a ausência do poema...

Tudo isto torna-se insignificante quando a vida de alguém está por um fio.



Eu creio, adoro, espero e amo-vos.

21 de mar. de 2011

Falas do ano velho: 2006

Um dia como outro qualquer


Na realidade caustica
O limite do cansaço
E da paciência
No buzão nosso de cada dia
(o coletivo da subordinação)

Vamos! W3Sul – P.Norte

No balançar desta geringonça
Infinitos Pais Nossos e Ave Marias.
E que Deus nos livre de um líder tão ausente.

Todo dia é esse vai e vem.

(Simone Borges, são 20h30, fazendo, de Mercedes Benz coletiva, o trajeto w3 sul - P norte. Transito engarrafado e o ônibus mais lotado do que se possa imaginar. Escrevo em pé e próxima a porta de saída: Meu pé dói, minha coluna dói, a bolsa carteiro pesa no ombro, uma moça segura meus livros, e minha aparência como a de todos aqui é horrível... Mas a minha cabeça pensa... penso, penso, e sofro... em 14 de julho de 2006). ("Quanto maior o conhecimento, maior a dor" – Eclesiástico 3,22).

17 de mar. de 2011

O Canto das Írias

Espetáculo


O enredo mostra o processo de desfiguração do homem contemporâneo, que perdeu o sentido de sua vida e o significado do outro.

Na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, dia 24 de abril.http://www.comshalom.org/renascer/2011/videos.php?v=121

23 de fev. de 2011

MUZI NEWS: distancia

MUZI NEWS: distancia: "Não se mede amor por kilometragem, mas dá pra ter muita idéia do quanto vale o amor na distancia, quando estam..."

21 de fev. de 2011

O cão e o homem


O Cão e o Homem é um livro do escritor italiano Carlo Cassola.
Conta a historia de um carrocho que tinha um dono que o criava mas não se interessava por ele.. O cachorro era extremamente fiel e vivia para agradar seu dono que acabou por abandonar seu fiel amigo de forma que ele não conseguisse mais voltar pra casa (você sabe, os cachorros farejam e encontram seu caminho de volta.. mas este não conseguiu).
Vagou pela cidade estranha.. percebeu cheiros.. experimentou a liberdade. Mas mesmo tendo o privilégio da liberdade ele se sentia incompleto. O desejo dele era ter um dono. Em sua imaginação de cachorro todo cão deveria ter um dono, qualquer que fosse... ele sentia inveja dos cachorros com dono. Chegou a almejar alguns donos, recebeu carinhos e atenção.. mas passageiros e sem compromisso por parte de quem os ofertou. Por fim este cão encontrou um dono. e este dono colocou uma coleira nele.. o amarrou ao pé de uma árvore e nunca mais apareceu. E a hitória termina assim.. com o cão aguardando fielmente o retorno do seu dono. Ele morreu com sede, fome, sozinho e sem liberdade.
Este livro me fez refletir algumas questões pessoais do tipo:
Será que preciso mesmo submeter-me ao que a sociedade dita?
O que é mais valioso na minha vida?
O que eu estou escolhendo?
Qual o preço a ser pago pela realização dos meus desejos (as vezes desejos-burros)
Algumas mulheres (quase todas), sofrem e choram porque não tem namorado, porque não se casaram, não sentem-se amadas. A estas eu digo: PARA COM ISSO MULHER...
Ame-se mais.
Antes de fazer uma escolha importante, reze, pergunte a Deus se é isso mesmo, PARA NÃO ESCOLHER ERRADO.. e depois morrer com o "sonho" realizado e sozinha. Converse com as casadas e num segundo todas as tuas carências estarão curadas... porque nada é facil. E uma escolha errada pode MATAR UMA ALMA.
Eu creio que um relacionamento precisa ser mais que um sonho para dar certo. O que você acha??
Que Deus te ajude a viver o hoje, com discernimento, sabedoria, autenticidade e a liberdade que ele mesmo te deu.
Apesar do triste fim, é um ótimo livro. recomendo.

10 de fev. de 2011

Cólicas

Um dipirona, sossego e cama. Eu fico enjoadinha neste período do mês, mas aceito colo, chá e cafuné. O DESFOQUE das imagens é um recurso estético, diz e significa algo. O incômodo que a IMAGEM DESFOCADA causa-nos aos olhos é parte do diálogo que o fotógrafo propõe. Observe bem cada imagem, procure penetrar nela, gaste tempo em cada uma.. talvez eu consiga transmitir um pouco destas sensações femininas. Uma mulher com cólicas, enxerga tudo ao seu redor mais ou menos assim...











... peculiaridades do universo feminino...

6 de fev. de 2011

Cruzeiro-DF


Já faz um ano que juntei minhas bagagens e vim morar no Cruzeiro. E posso dizer que este pedaço de DF me faz bem. A impressão que tenho é a de estar numa cidadezinha do interior, em blocos.


Para saber onde piso... Eis.

A história da região em que está localizado o Cruzeiro é quase tão antiga quanto as primeiras iniciativas para a mudança da Capital Federal para o interior do país . Cumprindo a Primeira Constituição Republicana, em 1892, foi criada a Comissão Exploradora do Planalto Central com a finalidade de demarcar a área do futuro DF. A “Missão Cruls “, como ficou conhecida a Comissão, instalou seu Acampamento na atual região do Cruzeiro às margens do córrego do Brejo (atual Córrego do Acampamento). Vestígios desse Acampamento existiam até antes da construção de Brasília, nas proximidades do Córrego Acampamento.

O Decreto nº 10.972, de 30.12.87, do Governo José Aparecido de Oliveira, em seu “Artigo 1º: O dia 30 de novembro de 1959, é declarado data oficial de fundação do Núcleo Urbano do Cruzeiro”. Portanto, 30 de novembro é a data de aniversário da fundação do Cruzeiro. A equipe do urbanista Lúcio Costa foi responsável pelo projeto e pelo nome oficial do bairro - Setor de Residências Econômicas Sul – SRE/S, Cruzeiro Velho; na década de 70, foi inaugurado um conjunto de edifícios, que formaram o Cruzeiro Novo - SHCE/S; na década de 80, são inauguradas as Áreas Octogonais. Preocupado com o crescimento desordenado de Brasília, o arquiteto Lúcio Costa traçou em 1987 um plano de expansão para a Capital Federal. Marcou seis pontos para onde ela poderia crescer sem a selvageria de outras cidades brasileiras, preservando seu projeto urbanístico original. O resultado foi surpreendente com a criação do Setor Sudoeste em julho de 1989, de fato, como parte integrante do projeto “Brasília Revisitada”, do urbanista Lúcio Costa. Com capacidade para mais de 50 mil habitantes, está situada próximo ao Parque da Cidade e dispõe de variado comércio e amplas áreas de lazer, proporcionando um alto padrão de vida para os seus moradores.

Os primeiros moradores do então SRE/S, funcionários públicos e militares vindos do Rio de Janeiro, não se acostumaram com essa sigla e outras denominações para o local foram surgindo: primeiro chamaram de "Cemitério" , devido ao isolamento do bairro e a impressão que se tinha daquele aglomerado de casinhas brancas, quando avistado de longe. Depois, numa homenagem bem humorada dos cariocas residentes, o local passou a ser reconhecido como "Bairro do Gavião", devido ao grande número de gaviões vermelhos que apareciam no local. A mudança do nome para “Cruzeiro” partiu da própria comunidade. Em 1960, um grupo de moradores procurou o Jornal Correio Braziliense para manifestar sua insatisfação com o nome do local em que moravam. O batismo de Cruzeiro tinha então dois fundamentos lógicos: primeiro, o bairro ficava próximo à Cruz (estrategicamente, colocada no Eixo Monumental – logo atrás o Memorial JK) do Cruzeiro onde foi celebrada a primeira Missa de Brasília em 03 de maio de 1957; segundo, e havia uma linha de ônibus de Transportes Coletivos de Brasília - TCB, que fazia o trajeto do local da Cruz até o Gavião. A partir daí, como era de se esperar, a Região ficou conhecida pelo nome de Cruzeiro.

No segundo semestre de 1960, João Scarano, funcionário do Grupo de Trabalho de Brasília GTB, foi indicado como administrador do núcleo residencial, com a responsabilidade de distribuir casas, e buscar soluções para os problemas da comunidade. Situações difíceis como falta de água e luz, invasões, limpeza urbana deficiente, entre outros problemas, são exemplos das principais dificuldades vivenciadas pela comunidade.

O Cruzeiro, sendo uma das Regiões Administrativas mais próximas do centro de Brasília, é um local privilegiado para viver e morar. Esse é o retrato atual de uma cidade que foi planejada para atender às necessidades que a nova capital demandava. Observando a cidade hoje, é possível constatar a qualidade de vida que seus habitantes têm: áreas reservadas para lazer, praças, áreas verdes e parques. Com um começo marcado por dificuldades, atualmente a comunidade cruzeirense tem um espaço do qual pode se orgulhar, reconhecido em todo DF, pela sua identidade própria expressa no carnaval, no samba, no pagode e nos títulos esportivos conquistados em competições locais, regionais e nacional.

A RA XI é bastante ativa culturalmente. Podemos até dizer, sem exagero, que as primeiras manifestações culturais da nova capital nasceram no cruzeiro, com a proposta de criar uma entidade que promovesse o congraçamento dos moradores do bairro. Dessa idéia, nasce em 1961 a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a ARUC. A trajetória cultural do cruzeiro confunde-se com a própria história da ARUC que no contexto do DF é uma referencia central.
(fonte: site da administração do Cruzeiro).


5 de fev. de 2011

A cruz



Se levares a cruz de boa vontade, ela te há de levar e conduzir ao termo desejado, onde acaba o sofrimento, posto que não seja neste mundo. Se a levares de má vontade, aumentas-lhe o peso e fardo maior te impões; contudo é forçoso que a leves. Se rejeitares uma cruz, sem dúvida acharás outra, talvez mais pesada.

Livro: Imitação de Cristo.Tomás de Kempis

Sonho Amarelo


O sonho amarelo é aquele que você
sonha
sonha
sonha
soooonha
até amarelar. De velho.

Resiste
jogado nas gavetas de "projetos futuros"
cansado de existir
Cansssaado...

Hoje eu encontrei um sonho amarelo
E agora eu não sei o que fazer com ele
(Simone Borges, 2:54h. Já com a borracha na mão (direita) para apagar alguns projetos da agenda aqui em 05/fev/2011...)



4 de fev. de 2011

Cabelo engraçado

Olha, meu jeito de ser é engraçado, mas o seu cabelo é mais.
Adorei a música e as sentimentalidades. Bjus.

Despedida do TREMA

É uma tremenda aula de criatividade e bom humor, por sinal, com acentuada inteligência. A conseqüência é uma agradável leitura.

Despedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos. Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!... O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé. Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá. Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!... Nós nos veremos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.

Adeus, seu antigo amigo

Trema.

A imagem poética de Silva Muzi

Por Edna Menezes


“E eu me crio com um traço da pena
Mestre do Mundo, Homem ilimitado.”
(Pierre Albert-Birot)


Para um crítico literário julgar uma obra poética há a necessidade de ser severo, às vezes até apresentando, segundo Bachelard, às avessas um complexo que o uso excessivo depreciou a ponto de entrar para o vocábulo dos homens de Estado. Afirma ele que, o crítico literário, assim como o professor de retórica, sempre sabendo, sempre julgando, fazem muito bem um simplexo de superioridade (1988) Não obstante às observações rigorosas de Bachelard, cabe ao crítico literário o papel de analisar e julgar conforme sua formação e seu gosto pessoal. E nesse ponto revela-se o leitor que não só desempenha seu poder de criticar, mas também de apreciar e reviver suas tentações de ser poeta. Esta assimilação está em nós, leitores apaixonados pela literatura e quando a página lida é bela demais, o desejo renasce. Nessa perspectiva de crítico-leitor coloco-me, sem pretensões herméticas, a olhar alguns poemas do livro “O Deserto de um Homem”, obra do poeta Silva Muzi. O poeta que é mineiro de Montes Claros e reside em Brasília, é autor de dois livros, este em questão e ainda, “Introspecções Poéticas”.Parece-me que analisar a obra desse poeta como um todo é arriscar-se a cair no vácuo nebuloso do noturno, no labirinto da palavra de poeta jovem, voltado para as abissais profundidades do inconsciente de um ser atormentado pelas imagens. Portanto, para analisar, ou criticar essa poesia se faz necessário ir longe, descer tão profundamente até alcançar as ressonâncias sentimentais com que, mais ou menos ricamente – quer essa riqueza esteja em nós ou no poema – se forja a palavra poética.Dessa forma o ideal é buscar isolar as palavras através de sua transubjetividade, e tentar compreendê-las através das suas próprias imagens, buscando, assim sua essência, levando em conta a partida da imagem na consciência individual e singular do poeta.A palavra de Silva Muzi, em sua simplicidade, não precisa de um saber para ser lida, basta apenas ao leitor, o preparo para receber a dádiva de uma consciência ingênua, em sua expressão em linguagem jovem, como, por exemplo, quando ele diz “Uma cor fria/É uma lâmina que corta...”, aproximando assim, sua imagem poética às imagens poéticas do poeta-cantor Cazuza, que ao dizer “meu cartão de crédito é uma navalha” uniu à sua poética as palavras sociais do poeta João Cabral de Melo Neto. E assim Silva Muzi completa o fio da poesia no tempo, fazendo eclodir os dois poetas em apenas um verso, ou em apenas uma imagem grandiosa.Nessa tentativa de dar continuidade ao fio dourado da eterna poesia, Silva Muzi resgata também o estilo de Gregório de Matos, não por sua sátira velada, mas em seu estilo estético de retorno da última palavra de um verso no início do subseqüente, assim, no poema “Segredos da Solidão”, a retomada se faz de forma a marcar o eterno retorno do tempo. O tempo da poesia e o tempo do homem, pois, segundo Anatol Rosenfeld (1972), o homem não está para o tempo, o homem é o tempo. Portanto, na palavra poética de Silva Muzi o tempo se fragmenta e suas imagens se remetem a uma atemporalidade que faz indefinido o passado, o presente e o futuro. E, assim como Fernando Pessoa, faz do passado o presente, do presente o passado, e do futuro o presente e o passado em um mesmo magma. Isso é perceptível quando o poeta escreve “Ontem tive tantas lembranças! /Ontem eu chorei e cultivei saudades, /Ontem eu era o ontem/Um homem e um passado”. Rompendo totalmente, nesses versos, o diáfano véu do tempo e deixando brotar a imagem homogênea da palavra. Se fosse preciso procurar por onde o poeta Silva Muzi faz explodir suas imagens poéticas talvez devêssemos buscar uma palavra um pouco em desuso, que se chama alma. Para ler a imagem desse poeta é preciso que o ledor se lance no centro do Ser, no coração, no ponto em que tudo se origina e toma sentido: eis o espaço ocupado pela palavra esquecida ou reprovada, a alma. A alma do Ser no mundo, tomando aqui o conceito de Ser do filósofo Heiddegar.Observa-se que nos poemas de Silva Muzi manifestam-se forças que não passam pelos circuitos do saber, pois se trava, através de suas palavras-imagens, uma dialética da inspiração e do talento, que vão formando os matizes poéticos a partir do devaneio até sua execução final. Nesse ponto, no poema “Na tela da TV”, há alguns versos “Olhando um mundo/De cópias. [...] De presença sem cor, [...]/Que reflete o vazio...” que, por si só, dizem que o devaneio é uma instância psíquica que, freqüentemente, se confunde com o sonho, mas que, por se tratar de devaneio poético, frui não só de si próprio, mas prepara imagens íntimas para o deleite poético de outras almas. Nesse contexto, diante das imagens elaboradas pelo poeta é possível dizer que, mesmo dentro de sua noite poética, sua palavra possui uma luz interior, aquela luz que a visão interior conhece e traduz ao mundo exterior como um reflexo da alma, descrito por Pierre-Jean Jouvre como a alma inaugurando uma forma. E assim, a poesia aparece no verso de Silva Muzi como um fenômeno da vida efêmera da expressão.Portanto, ao iniciar esse ensaio falando a respeito do crítico literário a intenção é, exatamente, dizer que a menor reflexão crítica, se elaborada com descuido, a respeito desse poeta pode estancar esse impulso criador que se coloca a serviço da alma e desvenda o primitivismo da imaginação e do sentimento.

3 de fev. de 2011

Meus poemas caíram na sarjeta

SARJETA: Escoadouro para águas das chuvas que, nas ruas e praças, beira o meio-fio das calçadas. Figurativo: Condição ignominiosa de decadência e humilhação; estado de indigência moral; lama: seus vícios levaram-no à sarjeta.


Os poemas, a sarjeta e uma fotógrafa agachada quebraram a rotina da burocrática praça do Buriti.

O melhor amigo do poeta é a lata de lixo.

O melhor amigo da sarjeta é o poema.

1 de fev. de 2011

Aqui não é real

Isto não é pessimismo
É uma constatação
Não me chame de infeliz
Ou sem coração

Tome como um repúdio,
Um desabafo...
O povo não dorme
Mas tem seu emplastro,
Só que o ônibus tá cheio,
Sobra o cansaço...

O plano que é piloto
Tem sua magnitude
Mas homem que é bravo não se ilude,
Toma seu rumo, sofre, mas tem atitude

Pessoas à margem não encontram sentido
Confidencialmente choram pelos sonhos perdidos
Crianças ingênuas com rostos ambíguos
Tristeza, horror, pra onde estamos indo?

(Mariana de Carvalho)

31 de jan. de 2011

O calor nos deixa fracos e cansados. O suor cai da testa e desenha desconforto sob as axilas. (Roberto Klotz)

29 de jan. de 2011

Uma dose de Silva Muzi

ela disse que sou DRAMATICO


pois é ela disse assim mesmo
"VOCÊ É DRAMÁTICO"
sem pestanejar
disse que sou dramático
me veio um filme de dicionário na mente
dramático
dramalhão
chorão
teatral
emotivo
Sabe uma mulher pode tudo
pode chamar um homem com qualquer palavra
pode chamar um poeta com quase todas as palavras do dicionário
Mas não pode NUNCA
CHAMAR UM POETA
DE DRAMÁTICO
isto é
no minimo
um grande
chute na alma
ou no ego
que bate tão forte
que machuca por partes
em todas as partes
mas a do coração
ahhh
esta é
TRÁGICA
DRAMÁTICO não???



DEPOIS DO GELO SÓ O SILÊNCIO

tudo que posso
e
ligar o mundo
a minha frente
e
fingir
que
nada acontece
depois do gelo
só o silêncio,
e você pode dizer
que não compreendo
nada
talvez eu não
compreenda
nada mesmo,
quando o amor
já nos entorpeceu
não existe
tantas razões,
ficar um dia
ficar uma hora
ficar qualquer tempo
sem você
é
dramático
tão dramático
quanto
repetir
uma
palavra
varias vezes
em dois poemas seguidos...

Jamais chame um poeta de dramático

O poeta pode ser tudo
Menos dramático
O drama pertence aos chorões
E chorões são ridículos
Emotivos

O poeta pode ser comovente
Dramático J A M A I S
O drama é do ator
Espetáculo
Simulação

O poeta é visceral
A alma do poeta tem a carne viva
E a carne do poeta precisa sentir-se viva
Não é isto?
É.

Poetas são homens incomuns
Deuses da criação
De realidades irreais

Homens são todos iguais.
Mas os poetas...
Ahhh poetas..
Como eu gosto.

Minha vida nas falas de Eça de Queiróz

"... Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho"











(trecho de Primo Basílio, Eça de Queiroz)

Rua dos sonhos


Não gosto de passar por Street of dreams

Lá a verdade não existe

E eu amo a verdade

I love the truth




28 de jan. de 2011

MARGARIDAS

Hoje conversei com margaridas sem miolos
Não vive poesia
Não vivem
Não acredito
Isto é um absurdo.
Vegetam machucadas
Pela alienação
Pelo relógio
E pelo mercado de ações.
Gosto de margaridas
São minhas preferidas, as com miolos.

(Simone Borges)



(À Alexandra Rodrigues, professora e amiga. Devo-lhe o balsamo de uma disciplina prazerosa - UnB/2º2010).

11 de jan. de 2011

Do ócio criativo,
da dispersão...
daquilo aqui dentro
que me faz produzir estas coisas
inuteis
úteis
depende do horário
ou da representação social?
ser artista é ser vagabundo, irresponsável?!!
Não!!!
Ser artista é não estar nem ai
e morrer de preocupação ao mesmo tempo
um paradoxo.


Simone Borges

Sobre a vida

Escrever sempre me fez bem, mas silenciei minhas publicações aqui desde quando o meu pai morreu em 2012, faz tempo.. mas não parei de e...